
Rosa Magalhães: Uma história de arte e simbolismo
No último dia 25, aos 77 anos, o Brasil perdeu uma de suas maiores referências artísticas: Rosa Magalhães. A renomada carnavalesca faleceu às vésperas da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, mas sua presença foi lembrada com reverência e homenagens em toda a transmissão oficial para o Brasil do evento esportivo realizado às margens do rio Sena.
Embora tenha sido criticada pela escolha de fazer a celebração fora de um estádio, Rosa Magalhães foi lembrada por suas contribuições marcantes para o cenário artístico nacional e internacional. Vencedora de sete títulos no Carnaval, ela ficou conhecida por enredos memoráveis, como “Catarina de Médicis na Corte dos Tupinambôs e Tabajeres”, apresentado pela Imperatriz Leopoldinense em 1994.
Um dos momentos mais emblemáticos de sua carreira foi a reconstrução da visita do rei francês Henrique 2º e da rainha Catarina à cidade de Rouen, em 1550, evento que influenciou diretamente a construção do mito do bom selvagem e alimentou ideais revolucionários na França, como destacou o pesquisador Fábio Fabato.
Rosa Magalhães também foi responsável por narrativas envolventes, como a apresentada em 2017 pela São Clemente, contando a história da construção do Palácio de Versalhes. Com sua capacidade de unir diferentes povos e culturas por meio de enredos criativos, a carnavalesca deixou um legado marcante e inspirador.
Sua presença nos Jogos Olímpicos de Paris e a lembrança de seus desfiles emblemáticos reforçam a importância de Rosa Magalhães como uma das maiores autoridades artísticas do Brasil. Seu impacto na arte e na cultura do país permanecerá vivo através de suas obras e da sua capacidade de conectar pessoas e ideias por meio do Carnaval.