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Rio de Janeiro enfrenta onda de ataques na zona oeste após morte de sobrinho de miliciano; prejuízo chega a R$ 30 milhões.

A cidade do Rio de Janeiro foi abalada no início desta semana por uma onda de ataques na zona oeste. Acredita-se que os ataques tenham acontecido em retaliação a uma operação policial que resultou na morte do sobrinho de um líder miliciano local. Os ataques começaram na tarde de segunda-feira (23), e pelo menos 35 ônibus foram incendiados. Segundo o sindicato das empresas de transporte coletivo da cidade, este foi o maior número de ônibus queimados em um único dia na história do Rio de Janeiro.

Os incêndios causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 30 milhões à cidade, de acordo com o sindicato. Além dos ônibus, um trem da SuperVia também foi queimado nas proximidades da estação Tancredo Neves, em Santa Cruz. A empresa relatou que a composição foi abordada por criminosos, que obrigaram o maquinista a abrir a porta e descer do trem antes de incendiá-lo. Todos os passageiros foram evacuados em segurança, mas as estações entre Benjamim do Monte e Santa Cruz foram fechadas temporariamente.

O jovem morto durante a operação policial que desencadeou os ataques foi identificado como Matheus da Silva Resende, conhecido como Teteu ou Faustão. Ele era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho, líder de uma das maiores milícias do Rio de Janeiro. Faustão ocupava a segunda posição na hierarquia do grupo paramilitar, segundo informações da polícia. As autoridades prenderam pelo menos 12 pessoas por envolvimento nos incêndios e as classificaram como “criminosos terroristas”.

O governador Cláudio Castro afirmou que a morte de Faustão foi um duro golpe para a maior milícia da zona oeste. Ele também declarou que as autoridades estão empenhadas em prender os três principais líderes de tráfico e milícia do Rio: Zinho, Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, e Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, líder do Comando Vermelho. Para combater a criminalidade, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que aumentará a presença das equipes federais no Rio de Janeiro.

Os ataques tiveram impacto direto na população, com a suspensão das aulas nas escolas municipais da zona oeste. O prefeito Eduardo Paes condenou os responsáveis pelos ataques, chamando-os de bandidos e burros. Ele pediu uma resposta firme das forças policiais e apelou ao governo estadual e ao Ministério da Justiça para que tomem medidas efetivas para evitar que esses eventos se repitam.

Diante dessa onda de violência, as autoridades estão intensificando os esforços para garantir a segurança da população carioca. O Rio de Janeiro se mantém em estado de alerta, e as investigações estão em andamento para identificar e punir os envolvidos nos ataques incendiários aos ônibus e trem da cidade.

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