
A luta contra as mudanças climáticas: um alerta urgente
Em meio a debates e alarmes sobre as mudanças climáticas, as palavras do físico Steven Chu, ganhador do Nobel e ex-secretário de Energia dos EUA, ressoam fortemente: “Quando trabalhamos com clima, acabamos nos acostumando a repetir as coisas, pois ninguém parece ouvir na primeira vez”. Essa reflexão me levou a retornar ao tema do aquecimento global, especialmente após as recentes tragédias no Rio Grande do Sul evidenciarem a urgência de ações concretas.
O impacto das mudanças climáticas já se faz presente, deixando famílias desabrigadas e sem perspectivas de retorno devido ao risco iminente de novas inundações. A necessidade de investir em adaptação se torna tão crucial quanto a mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Até então, acreditava que o foco principal deveria ser combater a causa raiz do aquecimento global, visando atingir o net zero de emissões até 2050.
No entanto, a preocupação com a adaptação se mostra fundamental diante da frequência e intensidade crescente de eventos climáticos extremos, como inundações e incêndios. Investir em infraestrutura para lidar com esses desafios não apenas protege comunidades vulneráveis, mas também impulsiona o crescimento econômico, como destacado pelo professor Harrison Hong em uma palestra recente.
Enquanto isso, o cenário global aponta para um aumento das temperaturas, com 77% dos cientistas do IPCC prevendo um aumento de 2,5ºC ou mais. É urgente agir para evitar consequências desastrosas para as futuras gerações. Por outro lado, avanços tecnológicos e mudanças de mentalidade trazem perspectivas positivas de redução das emissões e reversão do cenário atual.
No entanto, a postura inerte da indústria petrolífera global é alarmante, com investimentos míseros em energias renováveis enquanto continuam a explorar novas áreas para extração de combustíveis fósseis. A necessidade de conscientização e ação urgente são evidentes diante da iminente crise climática.
Diante da gravidade dos alertas dos cientistas e do imobilismo de setores-chave, como a indústria do petróleo, é necessário reiterar a importância de agir agora. A repetição de alertas pode ser a única forma de fazer com que as mudanças necessárias sejam finalmente ouvidas e implementadas.