Estudantes da Uerj ocupam prédio do campus Maracanã em protesto contra mudanças nas regras de concessão de bolsas e auxílios.

A ocupação do edifício teve início na noite de terça-feira, com os estudantes retomando o prédio após um confronto anterior com seguranças e servidores da universidade no último dia 14. A reitoria da Uerj se manifestou, classificando a ocupação como inaceitável e descabida, ressaltando que o grupo demonstrou não ter interesse em negociar.
Segundo a universidade, os manifestantes já haviam utilizado de violência ao interromper uma sessão do Conselho Universitário, resultando em ferimentos em um conselheiro e um membro da equipe da Reitoria. A Uerj apelou pelo fim do movimento, argumentando que a comunidade acadêmica está sendo prejudicada por um grupo que se recusa a dialogar.
Por sua vez, os estudantes negaram qualquer início de violência por parte deles e afirmaram que respeitaram as falas dos presentes durante a sessão do Conselho Universitário. Eles também acusaram um professor de agressão a um aluno, resultando em um boletim de ocorrência. O movimento estudantil apontou a falta de negociação por parte da reitoria e afirmou que a última reunião ocorreu no dia 6 de agosto.
Os estudantes ocupam a reitoria da Uerj há três semanas em protesto contra o Ato Executivo de Decisão Administrativa que restringe o acesso a benefícios como auxílio alimentação e Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social. As novas regras, motivadas pela escassez de recurso, excluem 1,2 mil estudantes de receberem esses benefícios, o que gerou insatisfação entre a comunidade acadêmica.
Diante do impasse, os estudantes pedem que a reitoria se empenhe em buscar recursos para priorizar a assistência estudantil, ressaltando a importância desses auxílios. Enquanto isso, a ocupação do Pavilhão João Lyra Filho continua como forma de pressionar a administração da Uerj a rever as mudanças nas regras de concessão de bolsas e auxílios.