Falta de medicamentos em CTAs para prevenir IST preocupa Ministério da Saúde e hospitais filantrópicos, aponta pesquisa do Proadi-SUS.

Entre os medicamentos em falta nos CTAs, destacam-se os destinados à prevenção de infecções pós-exposição à hepatite B, verruga anogenital sugestiva de HPV, profilaxia de transmissão vertical da hepatite B e tratamento da doença inflamatória pélvica (DIP). Essa situação alarmante levou à criação de um projeto de diagnóstico e reestruturação dessas unidades, realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein com um orçamento de aproximadamente R$ 18 milhões.
Os CTAs desempenham um papel crucial no atendimento de populações vulneráveis, oferecendo aconselhamento, testes e tratamentos para infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, sífilis e hepatites. O coordenador médico do setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Einstein, João Renato Rebello Pinho, ressalta a importância desses centros para pessoas de baixa renda, muitas vezes com dificuldade de acesso aos serviços de saúde.
Além do censo, o projeto do Proadi-SUS promoveu a reestruturação de 14 CTAs em diferentes estados brasileiros, resultando em melhorias significativas na oferta de serviços como testes rápidos, tratamentos para sífilis e vacinação para HPV. Essas ações visam atender a demanda do Ministério da Saúde e servir como exemplo para outras unidades do país.
O Ministério da Saúde, ao ser questionado sobre a falta de medicamentos nos CTAs, afirmou que a responsabilidade pelo repasse dos insumos é dos municípios e garantiu que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento para todas as doenças em questão. A parceria entre o governo e hospitais filantrópicos demonstra a importância de investimentos na saúde pública para garantir o acesso adequado a medicamentos e tratamentos essenciais para a população vulnerável.