
Presidente da Ucrânia critica entrega de ajuda militar e restrições do Ocidente em guerra com a Rússia
No cenário mais intenso de ataques aéreos desde o início da Guerra da Ucrânia em 2022, o presidente Volodimir Zelenski expressou sua insatisfação com a demora na entrega de ajuda militar e as restrições impostas pelo Ocidente no uso de armas contra a Rússia.
Em um encontro na base aérea da Otan de Ramstein, na Alemanha, Zelenski agradeceu países como EUA, Reino Unido e França por fornecerem mísseis de longo alcance, mas apontou a necessidade de mais equipamentos para enfrentar os ataques russos, especialmente na Crimeia, anexada por Putin em 2014.
O presidente ucraniano criticou a postura da Otan em relação ao emprego de armas, alegando que as “linhas vermelhas”, temidas pela aliança, não existem. Ele mencionou a invasão russa na região de Kursk como prova disso e defendeu a capacidade de ataque às bases aéreas russas como forma de pressionar Putin a negociar.
No entanto, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, reiterou a proibição do uso de armas alemãs contra a Rússia, assim como outros aliados mantêm restrições semelhantes. As ameaças nucleares de Putin têm modulado o ritmo do apoio militar à Ucrânia, impedindo ações mais incisivas.
Enquanto Zelenski busca reforçar sua equipe ministerial e apresentar uma nova abordagem na guerra, os russos continuam avançando, conquistando territórios no leste da Ucrânia. Putin declarou que seu principal objetivo é a região de Donetsk e impõe condições severas para negociações com Kiev.
Apesar dos desafios, os aliados da Ucrânia prometeram mais apoio, com países como Alemanha, Reino Unido, Canadá e EUA se comprometendo com novos envios de armas e apoio financeiro. O Instituto para a Economia Mundial de Kiel aponta os EUA como o maior fornecedor de ajuda militar até o momento.
Com a escalada dos ataques aéreos por parte da Rússia, a comunidade internacional busca formas de auxiliar a Ucrânia a enfrentar a agressão russa e defender sua soberania.