
Chancelaria venezuelana minimiza acusação de Saab a Lula
No dia seguinte à acusação do procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser um agente da CIA, a chancelaria do regime de Nicolás Maduro tentou amenizar a situação. Em declaração nesta terça-feira (15), descreveu o comentário como “personalíssimo” e ressaltou ter “respeito absoluto” pelo líder brasileiro.
Na entrevista ao canal Globovisión, Saab afirmou, sem apresentar provas, que Lula e o presidente do Chile, Gabriel Bóric, estão envolvidos com a agência de espionagem dos Estados Unidos. Ele ainda disse acreditar que Lula foi cooptado na prisão, mudando sua postura política. Essas declarações evidenciaram o distanciamento entre o ex-presidente brasileiro e o regime chavista, que se intensificou após as eleições de julho, contestadas pela oposição e por parte da comunidade internacional.
A atitude da chancelaria venezuelana em minimizar a afirmação de Saab reflete a importância das relações entre os países. O chanceler Yván Gil, por meio do Telegram, reafirmou o respeito à trajetória histórica de Lula e sua liderança no Brasil. Além disso, ressaltou que as relações entre os países continuarão se fortalecendo.
Lula, juntamente com o presidente colombiano, Gustavo Petro, tem buscado uma solução para a crise política na Venezuela após as eleições. O líder brasileiro, no entanto, optou por não comentar as declarações de Saab, mantendo o foco na diplomacia e nas negociações para encontrar uma saída pacífica para a situação no país vizinho.