Estádio do Flamengo no Rio de Janeiro: Inventário das Perdas e Danos com a Construção no Terreno do Antigo Gasômetro.


Com a provável, e bastante discutível, construção do estádio do Flamengo no terreno do antigo Gasômetro, é preciso que se faça o inventário dos bens que, certamente, se perderão com essa obra. Bens esses que representam a memória dos primórdios da indústria de gás na cidade do Rio de Janeiro e que têm valor histórico e cultural significativo.
O fornecimento de gás na cidade remonta ao Império, quando o Barão de Mauá criou a Companhia de Iluminação a Gás, tendo sido a cidade uma das pioneiras nesse serviço. A história do Gasômetro, onde funcionou uma indústria de gás, remonta ao século XIX e acompanhou o desenvolvimento industrial da região. O terreno do Gasômetro é parte integrante dessa história.
O local abrigou estruturas importantes para o armazenamento e distribuição de gás, como os tanques circulares e as estruturas metálicas que os sustentavam. Esses elementos, apesar de desmontados em anos anteriores, ainda possuem valor arquitetônico e histórico, fazendo parte do patrimônio carioca que corre o risco de ser perdido.
Além dos tanques de gás, o terreno conta com outros elementos, como edifícios em tijolos aparentes e uma chaminé em tijolos, que são características marcantes da arquitetura industrial do início do século XX. Preservar esses elementos significa preservar a identidade e a história da cidade, que já sofreu diversas perdas em relação ao seu patrimônio arquitetônico.
Diante disso, é fundamental que sejam realizados estudos e avaliações para identificar e preservar os bens históricos presentes no terreno do antigo Gasômetro. A preservação do patrimônio é essencial para manter viva a memória e a identidade de uma cidade. O futuro do patrimônio carioca está em jogo, e é responsabilidade de todos zelar por sua preservação.
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