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Acervo de arte sacra em Ouro Preto, MG, ameaçado por sumiço de peças históricas: desafios no combate ao tráfico internacional.




Artigo sobre o roubo de arte sacra em Ouro Preto

Roubo de arte sacra ameaça patrimônio histórico de Ouro Preto

A cidade de Ouro Preto, conhecida por suas encostas e arquitetura colonial tombada, enfrenta um problema grave em tempos de crise climática: o roubo de arte sacra. Dois importantes acervos, guardados pelo Museu do Oratório e pelo Museu Boulieu, estão ameaçados por criminosos que visam lucrar com a venda ilegal dessas peças.

Segundo o Conselho Internacional de Museus, das Nações Unidas, a arte sacra no Brasil está no topo da lista vermelha de objetos culturais ameaçados de tráfico. A plataforma do Ministério Público de Minas Gerais, conhecida como Sondar, registra cerca de 2.500 peças desaparecidas, incluindo santos, documentos e objetos arqueológicos.

A arte sacra é especialmente visada devido à sua antiguidade e valor histórico. O Brasil, com sua herança colonial portuguesa, possui uma riqueza artística única, que desperta o interesse do mercado global. De acordo com especialistas, o país ocupa o 26º lugar na lista de nações com o maior número de objetos culturais roubados.

Contudo, a legislação brasileira não trata de forma específica o roubo de arte, gerando dificuldades para investigação e punição dos criminosos. Por falta de recursos e orientações claras, o sistema de proteção do patrimônio cultural se mostra ineficiente.

O trabalho de colecionadores e instituições dedicadas a preservar a arte sacra, como Angela Gutierrez, fundadora do Museu do Oratório, é fundamental para evitar a perda dessas preciosas peças. Gutierrez conta com orgulho a história de suas descobertas e doações, ressaltando a importância de conscientizar a população sobre a proteção do patrimônio histórico.

O risco de que parte desse acervo seja levado para o exterior, com fins ilícitos, preocupa autoridades e especialistas. Além do impacto financeiro, o roubo de arte sacra priva os fiéis de sua devoção e priva a sociedade de um importante atrativo turístico.

Diante desse cenário, a colaboração dos cidadãos e o uso de tecnologias como o Sondar se mostram essenciais para combater o tráfico de obras sacras e preservar a história brasileira para as futuras gerações.

É necessário fortalecer a proteção do patrimônio cultural e incentivar a conscientização sobre a importância da preservação da arte sacra, para que Ouro Preto e outras cidades históricas brasileiras continuem a encantar e inspirar visitantes de todo o mundo.

Por: [Nome do Jornalista]


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