
Bolsonaro e a polêmica das joias: investigações apontam para esquema de vendas ilegais
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro tem estado no centro de um escândalo envolvendo a recepção e possível venda de joias de alto valor, recebidas de presentes durante seu mandato. A investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que ex-auxiliares do presidente estavam envolvidos em um esquema de tentativa de venda das joias em território estrangeiro, mais especificamente nos Estados Unidos.
De acordo com as informações levantadas, o ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, foram responsáveis por tentar vender um relógio Rolex e outro da marca Patek Philippe nos EUA, no ano de 2022. Além disso, outras joias foram expostas em casas especializadas de Miami, o que chamou a atenção da PF e intensificou as suspeitas sobre o grupo ligado ao presidente.
Um dos momentos mais controversos da investigação foi a recompra de um dos relógios por parte de Frederick Wassef, que acabou negociando o objeto nos EUA para devolvê-lo às autoridades brasileiras. Essa ação levantou ainda mais questionamentos sobre a tentativa de “escamotear” a venda das joias no exterior, de acordo com a PF.
Além disso, a polícia descobriu que a conta bancária do pai de Mauro Cid nos EUA foi utilizada no esquema, levantando a suspeita de que ele teria sacado os recursos para entregar o dinheiro em espécie para Bolsonaro.
Posicionamentos dos envolvidos
O advogado Fabio Wajngarten, indiciado no caso, defende-se das acusações alegando não haver provas contra si. Segundo ele, foi indiciado por orientar Bolsonaro a devolver as joias ao TCU, mas afirma que em toda a investigação não há provas que o incriminem. Em suas próprias palavras: “fui indiciado pela razão bizarra de ter cumprido a Lei!”