Exposição de Nanete Azevedo no Espaço Cândido Portinari, em Diadema, encanta visitantes com suas obras de arte.
Nanete Azevedo busca destacar, em suas obras, não só as questões sociais provocadas pelo confinamento involuntário, mas também o sincretismo religioso presente no Brasil, caracterizado pelas diversas formas de manifestação de fé do povo brasileiro, tanto as cristãs quanto as religiões de matriz africana.
Essa intersecção entre arte popular e religiosidade cria um diálogo profundo e significativo sobre questões contemporâneas. A exposição de Nanete Azevedo, intitulada “Fé na Máscara”, demonstra com sensibilidade essa conexão poderosa e provocativa.
A artista adota uma abordagem única ao explorar o impacto da pandemia global em seu trabalho artístico. “Fé na Máscara” vai além das barreiras entre arte e religiosidade ao incorporar uma crítica social contundente às decisões políticas equivocadas relacionadas ao uso de máscaras. Sua arte se torna uma plataforma para questionar e desafiar as ações dos governantes, explorando as implicações diretas das decisões tomadas sobre a saúde pública.
A exposição destaca de forma eloquente a relação entre escolhas políticas e consequências humanas, enfatizando o papel crítico que a arte pode desempenhar ao dar voz a preocupações sociais.
Nanete Azevedo apresenta uma visão complexa e multifacetada da experiência humana em tempos de crise ao entrelaçar fé, crítica social e esperança. Sua abordagem artística convida os espectadores a refletirem sobre a interconexão entre esses elementos, oferecendo um caminho para compreender nossa capacidade de enfrentar desafios com otimismo.
A obra de Nanete Azevedo nos lembra do poder da arte popular em criar uma ponte entre situações do cotidiano e a interpretação popular do sagrado, inspirando-nos a considerar as complexidades da experiência humana em nossa sociedade em constante evolução.
A exposição “Fé na Máscara” de Nanete Azevedo pode ser visitada no Espaço Cândido Portinari, no Centro Cultural Diadema, localizado na rua Graciosa, 300, centro. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 15h. Não perca a oportunidade de conferir essa mostra que traz uma reflexão profunda sobre a pandemia e o poder transformador da arte.
