
Eleições nas ilhas francesas: esquerda se destaca
A esquerda também marcou o segundo turno na ilha da Martinica, onde o deputado Jean-Philippe Nilor, da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), obteve 86,58% dos votos contra o candidato do Reunião Nacional Gregory Roy-Larentry (13,42%). Pela aliança progressista também se reelegeram Jiovanny William (81,97%) e Marcellin Nadeau (65,68%). Já a candidata socialista Béatrice Bellay obteve 54,53% dos votos diante do representante da NFP Johnny Hajjar.
Na Guiana Francesa, departamento francês que faz fronteira com o Estado do Amapá, no norte do Brasil, dois deputados do NFP se reelegeram. Jean-Victor Castor registrou 76,11% dos votos diante de um concorrente sem partido Boris Chong-Sit (23,89%). Já Davy Rimane se reelegeu com apenas 17% dos votos, depois da desistência da candidata sem partido Sophie Charles.
Autonomistas x independentistas
Na Polinésia francesa, no Oceano Pacífico, o segundo turno das eleições legislativas opuseram defensores da autonomia do arquipélago a independentistas. Esse vasto território ultramarino francês conta com três zonas eleitorais. Em uma delas, a independentista Merena Reid Arbelot se reelegeu com 50,87% dos votos.
A autonomista Nicole Sanquer obteve 55,88% dos votos, impedindo que seu rival Steve Chailloux, se reelegesse. Outro defensor da autonomia da região, Moerani Frébault, se elegeu já no primeiro turno com 54%, diante do independentista Tematai Le Gayic (35%).
A Nova Caledônia, território francês no Oceano Pacífico que foi palco de uma revolta há algumas semanas, elegeu o primeiro independentista desde 1986. Emmanuel Tjibaou, aliado do NFP, ficou com 57,44% dos votos diante de Alcide Ponga, do partido conservador Os Republicanos.