
O senador Sergio Moro, do partido União-PR, declarou que irá combater veementemente a proposta que visa proibir a delação premiada de pessoas presas, reintroduzida nesta semana pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP de Alagoas.
O projeto conta com o apoio de bolsonaristas que acreditam que sua aprovação poderá anular a delação feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e beneficiar o ex-presidente.
O ex-juiz da Lava Jato argumenta que o projeto “é um grande erro em vários aspectos” e garante que, caso chegue ao Senado, seu voto será contra: “Votarei contra e com veemência”.
Moro critica o projeto, afirmando que seus defensores não o pensaram de forma adequada e que ele não terá o efeito desejado, prejudicando a ampla defesa e o combate à criminalidade. Ele ressalta que será apenas um desgaste político para o Congresso e se compromete a esclarecer a questão com seus colegas.
O senador também enfatiza que, da perspectiva jurídica, a hipótese de o projeto anular a delação de Cid é inviável, já que não pode afetar acordos realizados antes de sua promulgação.
Moro destaca a importância da delação premiada como instrumento de obtenção de provas e defesa, citando o caso de Tommaso Buscetta, que delatou a máfia siciliana Cosa Nostra nos anos 80 depois de ser preso.
Na quarta-feira, Arthur Lira incluiu na pauta da Câmara um requerimento de urgência para discutir o tema, porém a deliberação não ocorreu.
A proposta, de autoria do ex-deputado Wadih Damous, atual secretário Nacional do Consumidor no governo Lula, foi elaborada em 2016 no contexto da Operação Lava Jato e também criminaliza a divulgação do conteúdo de depoimentos colhidos em acordos de colaboração premiada.
TELONA
A diretora Ursula Meier, homenageada na 10ª edição do Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo, compareceu ao coquetel de abertura do evento em São Paulo. A atriz Tuna Dwek e o cônsul-geral da Suíça, Pierre Hagmann, também estiveram presentes.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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