Desmatamento na Amazônia tem queda histórica em novembro, aponta levantamento do Imazon, mas degradação florestal aumenta

No acumulado de janeiro a novembro, a redução do desmatamento foi de 62%, passando de 10.286 km² em 2022 para 3.922 km² em 2023. Mesmo com essa diminuição, a taxa ainda é preocupante, ainda mais levando em consideração que representa a perda de aproximadamente 1,2 mil campos de futebol de floresta por dia.
Os estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso são os que apresentam mais casos de desmatamento no período de janeiro a novembro deste ano. Apesar de terem registrado quedas significativas, os três estados respondem por 74% da área desmatada. Por outro lado, Rondônia, Acre e Maranhão apresentaram redução nesse índice, enquanto Amapá, Tocantins e Roraima tiveram aumento no desmatamento.
Além do desmatamento, o Imazon também acompanha a degradação florestal causada por queimadas e extração madeireira. Em novembro, houve um aumento na degradação, que passou de 739 km² em 2022 para 1.566 km² em 2023, representando um aumento de 112% em relação ao ano anterior. O estado mais afetado pela degradação foi o Pará, seguido por Maranhão, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia.
No entanto, apesar do aumento na degradação em novembro, ao longo do ano houve uma diminuição desse índice, passando de 9.127 km² em 2022 para 5.042 km² em 2023, representando uma redução de 45%. Essa redução, no entanto, foi menor do que a do desmatamento. A queda na degradação é atribuída principalmente às queimadas que ocorreram no Amazonas e no Pará, causando preocupação em todo o país devido à intensa fumaça que se espalhou por cidades como Manaus e Santarém.