Três policiais militares foram rendidos e expulsos por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) de um protesto que bloqueou a rodovia PR-170 na altura de Guarapuava, no centro do Paraná. Segundo informações da Polícia Militar, os policiais foram rendidos pelo grupo de manifestantes e forçados a deixar o local.
O incidente ocorreu durante um protesto promovido pelo MST, que bloqueou a rodovia para reivindicar a desapropriação de terras para a reforma agrária. O protesto foi realizado de forma pacífica durante a maior parte do tempo, porém, em determinado momento, um grupo de manifestantes abordou os policiais militares que estavam no local.
De acordo com relatos dos policiais, eles foram surpreendidos pelo grupo e renderam suas armas para evitar conflitos. Em seguida, foram obrigados a se retirar da área e os manifestantes bloquearam novamente a rodovia. A ação dos manifestantes foi considerada ilegal pelas autoridades policiais, uma vez que impediram a livre circulação de veículos na via.
Após serem expulsos do local, os policiais registraram o ocorrido e acionaram reforços para garantir a segurança da equipe e dos demais manifestantes. A Polícia Militar enviou agentes ao local para negociar com os manifestantes e tentar resolver a situação de forma pacífica.
O MST, por sua vez, negou as acusações de que teriam feito os policiais de reféns. A organização afirmou que a abordagem foi uma forma de protesto não violenta e que os policiais não foram ameaçados em nenhum momento.
A Polícia Militar do Paraná também se pronunciou sobre o incidente, afirmando que os policiais não foram feitos reféns, mas sim impedidos de cumprir seu dever de garantir a ordem pública e liberar a rodovia. Segundo a PM, a ação dos manifestantes configura obstrução da via pública e será tratada como crime.
O caso gerou polêmica e repercutiu nas redes sociais, com opiniões divididas sobre a atitude do MST e a resposta da Polícia Militar. Enquanto alguns criticam o movimento pelos métodos utilizados, outros expressam apoio à reivindicação do MST e questionam o uso da força policial em manifestações pacíficas.
As investigações sobre o incidente estão em andamento para apurar as responsabilidades e tomar as medidas cabíveis. As autoridades policiais e o MST deverão se pronunciar novamente nos próximos dias para esclarecer os fatos e dar continuidade ao diálogo sobre a questão da reforma agrária no Paraná.
