
A falha do Serviço Secreto dos EUA no atentado contra Trump
No último dia 22, a diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, admitiu em seu depoimento ao Congresso americano a falha de sua agência no atentado contra o ex-presidente Donald Trump, ocorrido no estado da Pensilvânia em 13 de julho. Cheatle reconheceu que a tentativa de assassinato foi a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas, resultando em várias críticas e pedidos de renúncia.
O Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados ouviu parlamentares republicanos e democratas pedirem a renúncia de Cheatle, o que ela rejeitou, afirmando que acredita ser a melhor pessoa para liderar o Serviço Secreto neste momento. Diante das alegações de falta de recursos para proteger Trump, a diretora afirmou que a segurança foi reforçada antes do atentado e que o nível de proteção aumentou constantemente para o ex-presidente.
A audiência do Congresso marcou o início da supervisão sobre o atentado, com futuras investigações incluindo a participação do diretor do FBI, Christopher Wray, perante o Comitê Judiciário da Câmara. Líderes do Congresso expressaram insatisfação com a atuação do Serviço Secreto, destacando a necessidade de esclarecimentos sobre os detalhes do plano de segurança do evento. O ataque resultou em uma pessoa morta, Trump ferido e o suspeito morto pela polícia.
O Comitê Judiciário da Câmara afirmou que há evidências de que o Serviço Secreto não estava devidamente equipado para o comício de Trump, devido a demandas concorrentes de eventos como a visita da primeira-dama Jill Biden a Pittsburgh e a cúpula da Otan em Washington. Cheatle defendeu a atuação da agência, destacando a proteção de 36 indivíduos diariamente, além de líderes mundiais em visita aos EUA.
Com a renúncia do ex-presidente Joe Biden à reeleição, o cenário político segue tumultuado, com tensões elevadas e debates sobre a segurança dos líderes políticos no país. O atentado contra Trump ressaltou a polarização da nação e a fácil disponibilidade de armas, levantando questões sobre a eficácia do Serviço Secreto em garantir a segurança dos líderes e candidatos presidenciais.