
Por João Silva – Correspondente Internacional
Em uma investigação conjunta realizada pela Agence France-Presse (AFP) e diversos meios de comunicação internacionais, foi concluído que os disparos de tanque israelense foram responsáveis pelas explosões que danificaram o escritório da AFP em Gaza no dia 2 de novembro. O relatório, divulgado nesta terça-feira (25), aponta que a ação resultou em danos materiais, mas não houve vítimas no local, uma vez que os funcionários já haviam evacuado o prédio antes do ocorrido.
O consórcio liderado pelo meio de investigação ‘Forbidden Stories’, com a colaboração de 50 jornalistas de 13 empresas de comunicação, dedicou quatro meses à apuração de diversos ataques contra jornalistas e infraestruturas da imprensa desde o início do conflito em Gaza, em 7 de outubro. O ataque ao escritório da AFP, ocorrido cerca de um mês após o início do conflito desencadeado pelo movimento islamista Hamas contra Israel, levanta preocupações sobre a segurança dos profissionais da imprensa que atuam na região.
Os relatos apontam que os disparos realizados por tanques israelenses atingiram diretamente o prédio, causando as explosões que foram ouvidas a quilômetros de distância. A AFP expressou sua indignação com o ocorrido e afirmou que está tomando as medidas necessárias para garantir a segurança de seus colaboradores em meio ao ambiente hostil que caracteriza a região de Gaza.
Diante de tais eventos, organizações internacionais de defesa da liberdade de imprensa têm pedido uma investigação minuciosa e transparente sobre o incidente, a fim de responsabilizar os envolvidos e evitar novos ataques contra jornalistas e veículos de comunicação que desempenham um papel fundamental na cobertura dos conflitos na região.