Investigações apontam que vigilante de carro-forte fornecia armas para ladrões de bancos
Por um jornalista
Investigações da Polícia Federal apontam que o vigilante de carro-forte Vanderson Quintino de Sena, de 37 anos, funcionário de uma transportadora de valores, fornecia armas, munição e coletes à prova de balas para ladrões de bancos ligados ao “novo cangaço”. Ele foi preso em 21 de maio deste ano, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, durante a Operação Baal, deflagrada para prender suspeitos de integrar o “novo cangaço”. Na ocasião, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em quatro estados: São Paulo, Bahia, Maranhão e Piauí.
As investigações tiveram início em abril de 2023, logo após uma tentativa de roubo a uma base operacional da Brink’s em Confresa, em Mato Grosso. A ação deixou 18 criminosos mortos em confrontos com policiais, sendo boa parte de São Paulo e ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo as autoridades, Vanderson Quintino de Sena utilizava sua posição de vigilante para fornecer as armas e demais equipamentos aos criminosos. A participação dele na organização criminosa foi descoberta após análises de mensagens telefônicas e monitoramento de suas atividades suspeitas.
A transportadora de valores onde o vigilante trabalhava emitiu nota informando que colaborou com as investigações e que providências internas foram tomadas para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer. A empresa reforçou seu compromisso com a ética e a legalidade em todas as suas operações.
A defesa de Vanderson Quintino de Sena não se pronunciou sobre as acusações até o momento, mas informou que está acompanhando o caso e que acredita na inocência do vigilante até que seja provada a sua culpabilidade.
