
Um ataque surpresa realizado pelo grupo extremista islâmico Hamas contra Israel nos últimos dias resultou em centenas de mortes em uma área relativamente pequena. Com uma extensão de 365 km², a Faixa de Gaza possui uma área equivalente a um quarto da cidade de São Paulo, abrigando cerca de 2 milhões de palestinos.
No último sábado (7), aproximadamente mil terroristas saíram da Faixa de Gaza e infiltraram-se em Israel, onde cometeram massacres e fizeram diversos reféns. Eles conseguiram violar a cerca fronteiriça e também utilizaram parapentes e barcos para se infiltrar no território israelense. Simultaneamente, milhares de foguetes foram disparados contra Israel, que prontamente respondeu com bombardeios.
Se a Faixa de Gaza fosse localizada no centro da cidade de São Paulo, os terroristas teriam conseguido infiltrar o núcleo urbano e partes da região metropolitana, atingindo bairros como Cidade Dutra, na zona sul, e cidades vizinhas como Mauá e Guarulhos.
Os foguetes lançados a partir de Gaza conseguiram alcançar áreas próximas a Tel Aviv e Jerusalém, as duas maiores cidades de Israel. Caso esses projéteis fossem disparados a partir de São Paulo, eles teriam um alcance capaz de atingir áreas próximas a Bertioga, no litoral paulista, São José dos Campos, no interior do estado, e Extrema, no extremo sul de Minas Gerais.
Israel, em resposta às ações do Hamas, iniciou uma campanha de ataques com mísseis lançados por caças F-16 contra a Faixa de Gaza. Os bombardeios ocorreram em toda a extensão do território.
Se esses bombardeios israelenses fossem destinados à cidade de São Paulo, a faixa de destruição se estenderia desde bairros da zona sul, como Campo Limpo, até a região central e chegaria até Guarulhos.
A Faixa de Gaza já foi alvo de inúmeros bombardeios por parte de Israel ao longo dos anos. Conflitos recorrentes em 2008, 2012, 2014, 2018 e 2021 causaram a destruição da infraestrutura do enclave e resultaram na morte de milhares de pessoas.