
Barclays reavalia sua participação em leilões de títulos do governo de Israel
No cenário atual de pressão de ativistas pró-Palestina, o banco Barclays, do Reino Unido, está elaborando planos para se retirar dos futuros leilões de títulos do governo israelense. Essa decisão veio após intensas discussões internas e sob críticas sobre suas relações com Israel durante a recente guerra em Gaza. Atualmente, o Barclays é um dos sete credores estrangeiros que auxiliam o governo israelense na venda de novas dívidas.
No entanto, após avaliações internas, o Barclays informou às autoridades israelenses que continuará trabalhando como dealer primário, juntamente com outros grandes bancos internacionais como Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Deutsche Bank. Yali Rothenberg, contador geral de Israel, expressou seu apreço pela decisão do Barclays e enfatizou a importância de instituições financeiras globais líderes apoiarem o legítimo direito de Israel à autodefesa como uma democracia ocidental líder.
Israel tem vendido bilhões de dólares em dívidas para ajudar a financiar o crescente déficit governamental causado pela guerra com o Hamas. As ofensivas militares resultaram em um número significativo de vítimas palestinas e geraram uma crise humanitária no enclave.
O Barclays enfrenta pressão de ativistas pró-Palestina, que pedem um boicote ao banco devido a supostos investimentos em empresas de defesa que fornecem armamentos para as Forças de Defesa de Israel. Apesar do protesto e da pressão, o Barclays reiterou que negocia ações das empresas para clientes e não investe diretamente nelas.
Além disso, a queda econômica associada à guerra fez com que diversos países tomassem medidas em relação a Israel. A classificação de crédito do país também foi afetada, com agências como Fitch, Moody’s e S&P Global rebaixando a dívida israelense devido aos riscos geopolíticos decorrentes do conflito.
Ao reavaliar seus negócios com Israel, o Barclays busca equilibrar seus interesses financeiros com questões éticas e humanitárias. A decisão final do banco em relação aos leilões de títulos do governo israelense será aguardada com expectativa por diversos setores da sociedade.