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STF dá prazo de 72 horas para governo de SP se manifestar sobre edital de compra de câmeras corporais para PM

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou que o governo de São Paulo se posicione em relação ao edital para a compra de câmeras corporais para a Polícia Militar em um prazo de 72 horas. A decisão foi tomada após a Defensoria Pública de São Paulo e entidades de direitos humanos solicitarem alterações no edital, que também recebeu críticas de organizações da sociedade civil.

Barroso solicitou ao governo paulista informações sobre as diretrizes para a gravação contínua de imagens, o tempo de armazenamento das gravações e as políticas públicas para distribuição das câmeras aos batalhões que realizam operações policiais. Além disso, o ministro está interessado em saber se o edital está em conformidade com as normas estabelecidas pelo Ministério de Justiça e Segurança Pública.

Após analisar a resposta do governo estadual, Barroso irá decidir se o edital será mantido. A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público de São Paulo também irão se manifestar sobre o assunto, sem haver um prazo estabelecido para a decisão.

Segundo as regras do edital divulgado na semana anterior, as câmeras corporais poderão ser acionadas pelo próprio policial ou por uma central de operações da polícia, o que possibilita a interrupção das gravações durante as operações.

A Defensoria Pública e as entidades que contestaram o edital pedem que as câmeras tenham gravação automática, sem depender do acionamento pelo policial ou gestor, além de serem destinadas aos batalhões que realizam operações policiais e garantir o armazenamento das gravações por um período de 60 dias.

Diante das críticas recebidas, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o edital foi elaborado com base em estudos técnicos e na análise da experiência do uso dessa tecnologia por forças de segurança em outros países. A expectativa é que as manifestações das partes envolvidas contribuam para uma decisão justa e alinhada com as necessidades da sociedade.

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