
Senador J.D. Vance pede união no Partido Republicano
No seu primeiro discurso como candidato a vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, senador por Ohio e herdeiro político de Donald Trump, pregou a importância da união no Partido Republicano. Ele destacou que, apesar de abrigar diversas ideias, a sigla deve estar unida para vencer.
Vance recebeu aplausos ao mencionar a tentativa de assassinato contra Trump, repreendendo aqueles que enxergam o ex-presidente como uma ameaça à democracia. Ele ressaltou a postura de Trump após o ataque e enfatizou a necessidade de união nacional.
O candidato iniciou seu discurso com uma mensagem de esperança, afirmando que a convenção republicana reflete o que os EUA já foram e o que, com a graça de Deus, poderão ser novamente.
Autor do best-seller “Era Uma Vez Um Sonho”, adaptado para o cinema em 2020, Vance representa a aposta de Trump na base que o levou à Casa Branca: o eleitorado branco sem diploma das regiões empobrecidas dos EUA.
A escolha de Vance indica um aprofundamento do extremismo no Partido Republicano, com o senador repetindo a narrativa falsa de fraude nas eleições de 2020. Ele também afirmou que se fosse vice-presidente na época, teria obedecido Trump e se recusado a certificar o resultado do pleito no Congresso.
O evento contou com a participação da neta de Trump, Kai, que humanizou o ex-presidente ao retratá-lo como um avô carinhoso. Donald Trump Jr. exibiu a foto icônica do pai após o atentado, gerando uma reação emocionada da plateia.
O encerramento do terceiro dia da convenção republicana teve como tema “faça a América forte de novo”, refletindo a política externa focada em fortalecer a posição dos EUA no mundo.
A presença de ex-militares nas palestras reforçou a narrativa republicana de que Joe Biden enfraqueceu a posição dos EUA no cenário global. O domínio de Trump sobre o partido foi evidente, com produtos ligados à sua figura sendo vendidos durante o evento.
No entanto, não foi mencionado nos discursos que a ala mais à direita do Partido Republicano é responsável por barrar o envio de armas para a Ucrânia, refletindo uma postura mais isolacionista e preocupando aliados europeus.