O candidato da oposição para a presidência da Venezuela, Edmundo González, protagonizou um momento tenso ao deixar o país e pedir asilo na Espanha. Sua saída ocorreu após ser alvo de uma ordem de prisão por parte do regime de Maduro e desembarcar, no último domingo, em uma base militar espanhola.
González vinha se mantendo escondido desde o dia 30 de julho, quando teve um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana devido à divulgação nas redes sociais de cópias das atas eleitorais que comprovavam sua vitória no pleito presidencial. Além disso, era alvo de investigações por crimes como usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, incitação à desobediência, conspiração e sabotagem de sistemas, tudo por denunciar fraudes eleitorais.
Segundo informações do jornal espanhol El País, a operação diplomática para a saída de González da Venezuela e sua chegada à Espanha já estava em andamento há duas semanas. Fontes ligadas ao governo espanhol afirmam que foi o próprio candidato quem solicitou asilo ao país europeu.
A BBC noticiou que o Ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, confirmou que o opositor deixou a Venezuela de forma voluntária e em uma aeronave da Força Aérea Espanhola.
Essa situação coloca em evidência a grave crise política que assola a Venezuela e a perseguição enfrentada por opositores ao regime de Nicolás Maduro. A saída de González para a Espanha evidencia o papel fundamental das relações diplomáticas internacionais em cenários de conflito político e refúgio de perseguidos políticos.
