
Em um movimento surpreendente, o presidente francês Emmanuel Macron decidiu dissolver o parlamento e convocar novas eleições legislativas logo após as eleições europeias. Macron acredita que esse passo possa facilitar a aprovação do acordo, caso o seu país, um dos críticos do texto, consiga obter uma vitória e garantir a maioria no novo parlamento. “Até mesmo Macron estava mais disposto a flexibilizar em relação ao acordo. Ele me disse: ‘Vamos esperar as eleições terminarem para conversarmos'”, revelou o ex-presidente Lula.
Além disso, Macron consultou os líderes europeus sobre o avanço da extrema direita no continente. O tema foi discutido principalmente com o chanceler alemão Olaf Scholz e com o próprio Macron. O partido de Scholz não obteve maioria na eleição mais recente, e o presidente francês corre o risco de seguir o mesmo caminho. Lula afirmou que fez anotações durante essas conversas, mas não revelou o conteúdo.
“Pedi para ele [Scholz] me explicar um pouco sobre o que ocorreu nas eleições na Alemanha, já que o [partido] FPD teve uma votação muito aquém do esperado. Ele me explicou, eu ouvi e estou levando esse conhecimento comigo. Da mesma forma, perguntei ao Macron sobre as eleições para o parlamento europeu. Ele me explicou, eu entendi e também levarei esse ensinamento comigo.”
Lula, comentando sobre o crescimento da extrema direita na Europa
Viagem à Europa
Durante sua estadia na Europa, Lula fez um discurso de encerramento na conferência da OIT, em Genebra. Ele retorna ao Brasil amanhã após mais algumas reuniões bilaterais e uma coletiva de imprensa.
No encontro do G7, em Fasano, Lula fez um discurso como convidado especial: ele criticou Israel, solicitou apoio para uma “aliança global contra a fome” e sugeriu uma conferência internacional para abordar a guerra entre Ucrânia e Rússia. Essa foi a oitava participação de Lula na reunião das sete maiores economias do mundo.