Estiagem e queimadas afetam Porto Velho, em Rondônia, com nível recorde no Rio Madeira e população isolada sem acesso a serviços.

A presidente da Associação dos Agentes de Ecoturismo e Táxis Fluviais do Rio Jamari e Adjacências do Rio Madeira, Nagila Maria Paula de Oliveira, alertou para a situação crítica vivida pela população devido à inviabilidade do transporte de passageiros e cargas em vários trechos do rio. Isso tem deixado comunidades isoladas e sem acesso aos serviços básicos essenciais.
Em algumas áreas, a situação é tão grave que a única forma de deslocamento é caminhando por quilômetros ao longo do rio, enquanto em outros locais apenas embarcações menores conseguem chegar, transportando no máximo cinco passageiros. Em distritos como São Carlos do Jamari, a escassez de água também é uma realidade, com poços artesianos sendo contingenciados e até mesmo a distribuição de água mineral sendo necessária.
A Defesa Civil está atuando para minimizar os impactos, prevendo a entrega de 120 mil litros de água mineral em diversas comunidades por via terrestre e fluvial. Além disso, a região está encoberta pela fumaça dos incêndios que assolam todo o estado de Rondônia. Nos últimos dias, foram registrados 56 focos de incêndio, deixando Porto Velho como o 23º município mais atingido pelas chamas.
A população tem sofrido com problemas respiratórios devido à intensa fumaça, o que tem dificultado até mesmo a visibilidade do rio. A Secretaria Municipal de Saúde emitiu orientações para minimizar os impactos das queimadas, como manter a hidratação, umidificar o ambiente e evitar queimadas.
O governo estadual anunciou a intensificação das ações de combate aos incêndios, com o apoio de diversos órgãos e instituições federais. A população de Porto Velho enfrenta desafios diários para lidar com a seca extrema e as consequências das queimadas, destacando a necessidade de medidas emergenciais para proteger a saúde e o bem-estar da comunidade.