Tesouro Nacional planeja segunda emissão de títulos sustentáveis no mercado internacional para financiar projetos de economia circular e saneamento

De acordo com o relatório, os projetos ambientais receberão entre 50% e 60% do total arrecadado, enquanto os projetos sociais ficarão com os 40% a 50% restantes. Os recursos obtidos com a emissão dos títulos serão destinados a nove segmentos, sendo sete ligados à área ambiental e dois à área social. Entre os projetos ambientais estão energias renováveis, transporte limpo, controle de emissões, adaptação às mudanças climáticas, biodiversidade e eficiência energética.
Em relação aos projetos sociais, estão previstos investimentos no combate à pobreza e no acesso à infraestrutura básica, com destaque para o saneamento. Essa distribuição foi elaborada com base em sublimites mínimos e máximos de divisão de recursos. Vale ressaltar que a nova emissão incluirá o segmento de economia circular, não contemplado na primeira operação de títulos verdes.
O Tesouro Nacional pretende repetir o sucesso da primeira emissão, que arrecadou cerca de US$ 2 bilhões. Os recursos obtidos com esses títulos ajudarão a financiar projetos sustentáveis e ações de reconstrução, como as anunciadas para o Rio Grande do Sul. Além disso, parte desses recursos será destinada ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, já anunciou a preparação da segunda emissão de títulos verdes, com a expectativa de lançamento até o final do ano. A data dependerá das condições do mercado internacional. A primeira emissão atrasou, mas foi um sucesso, e agora o Brasil se prepara para mais uma operação no mercado de títulos sustentáveis.