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TJ-SP nega recuperação judicial para Aster e Copape, empresas de combustíveis envolvidas em investigações criminais e fiscais.

Juíza nega pedido de recuperação de operadoras de combustíveis

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu, nesta sexta-feira (27), manter a negação dos pedidos de recuperação judicial feitos pelas empresas Aster e Copape, ambas atuantes no mercado de combustíveis.

A juíza Andréa Galhardo Pinto fundamentou sua decisão destacando que as empresas perderam a licença de funcionamento concedida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e não demonstraram capacidade de manter suas operações a longo prazo de forma saudável.

Esta decisão do TJ-SP reforça o posicionamento tomado há 11 dias, quando os pedidos das companhias foram inicialmente derrubados após tentarem reverter a suspensão da licença de operação pela ANP. A juíza ressaltou que a agência reguladora teve seu ato administrativo mantido pela Justiça Federal, o que impacta diretamente na situação das empresas.

A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, o Ministério Público Estadual e o Instituto Combustível Legal também se manifestaram contrariamente aos pedidos de recuperação judicial das operadoras, contribuindo para a decisão desfavorável.

Um dos pontos de destaque é a ligação da Copape, que pertence a Mohamad Hussein Mourad, com investigações de crimes, incluindo suspeitas de controle de postos e empresas do setor por intermédio de laranjas, além de possíveis conexões com organizações criminosas como o PCC, o que é negado pelo grupo.

A ANP revogou as licenças de operação das empresas após constatação de fraudes fiscais e contábeis, com a Copape sendo acusada de importar gasolina como se fosse nafta, aproveitando alíquotas menores de impostos. O Tribunal de Justiça de São Paulo reiterou que a recuperação judicial não pode superar as questões estabelecidas pela suspensão da licença pela ANP.

Diante disso, a juíza Andréa Galhardo Pinto concluiu: “Portanto, é de se concluir que as empresas, para além das demais controvérsias acerca de investigações criminais e fiscais que estão envolvidas, encontram-se atualmente irregulares para exercício de suas atividades e inativas economicamente, faltando-lhes a viabilidade econômica mínima necessária para que façam jus à recuperação judicial.”

Fábio Pupo (interino) com Diego Felix

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