Enchentes no RS paralisam 63% das indústrias: recuperação será lenta, revela pesquisa da Fiergs

Os principais prejuízos apontados pelas empresas foram relacionados à logística de transporte de produtos, problemas com colaboradores e fornecedores atingidos pelas enchentes. Além disso, um número significativo de empresas relatou prejuízos em estoques de matérias-primas, máquinas, equipamentos e estabelecimentos físicos.
A Fiergs alertou que os efeitos das enchentes na economia gaúcha serão percebidos nos próximos meses e que a recuperação será lenta. A expectativa dos industriais do estado já demonstra queda, refletindo a preocupação com o impacto das inundações.
A pesquisa, que consultou 220 empresas entre maio e junho, teve como objetivo avaliar os prejuízos sofridos pelas indústrias, entender o perfil das mais afetadas e captar as perspectivas para o futuro. A Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs coordenou o trabalho, com o apoio de diversas entidades e sindicatos ligados à indústria.
Apesar dos danos causados pelas enchentes, a maioria das empresas consultadas não pretende mudar de localização, optando por permanecer nas mesmas áreas. No entanto, muitas delas não tinham cobertura de seguro contra perdas e danos decorrentes das inundações, o que levou a decisões difíceis para algumas empresas.
Para ajudar na recuperação das indústrias afetadas, o governo lançou a linha de crédito Pronampe Solidário, que já emprestou R$ 1,3 bilhão a micro e pequenas empresas gaúchas. Com juros zero e 40% de subsídio, o programa visa apoiar os empreendedores na reconstrução de seus negócios e na retomada das atividades afetadas pelas enchentes.
A reconstrução do Rio Grande do Sul demandará esforços conjuntos do setor público e privado, assim como apoio financeiro e medidas específicas para prevenir futuras catástrofes naturais. A recuperação das indústrias será fundamental para a retomada do desenvolvimento econômico do estado e a manutenção dos empregos e da produção regional.