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Policiais em Mato Grosso investigam indivíduos que utilizam instrumentos de tortura, como tacos e chicotes, para intimidar aqueles que possuem dívidas.

A Polícia Civil de Mato Grosso está investigando um grupo suspeito de cometer crimes de extorsão e agiotagem na cidade de Cuiabá. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os suspeitos invadindo um escritório e dando um prazo de 30 minutos para que a vítima faça um pagamento, ameaçando-a com um taco.

Em outro vídeo, o grupo agride um homem em um estacionamento, utilizando um chicote. O indivíduo tenta se defender dos golpes e promete pagar a dívida. A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá já identificou cinco pessoas como integrantes do grupo, mas seus nomes não foram revelados. Não há informações sobre a representação legal dos suspeitos.

A Polícia Civil informou que os casos mostrados nos vídeos ainda não foram formalizados em ocorrências registradas na delegacia e não há detalhes sobre quando ocorreram. No entanto, as gravações estão sob investigação e os suspeitos identificados são alvos das autoridades.

Um dos indivíduos identificados como membro do grupo de agiotagem faleceu em 16 de julho, em um acidente de trânsito. Ele estava conduzindo uma motocicleta que colidiu em Chapada dos Guimarães, a cerca de 70 km de Cuiabá.

Outro suspeito, também identificado como membro do grupo, foi preso em 7 de julho em uma rodovia da capital. Ele possuía um mandado de prisão em aberto por extorquir uma mulher. Segundo relatos da vítima, uma empregada doméstica, ela fez um empréstimo de R$ 2.500 com o agiota em 2021. A mulher começou a pagar as parcelas, mas não recebeu os comprovantes.

Seis meses após o empréstimo, o suspeito exigiu R$ 7.000 da vítima. Ela questionou o valor, alegando que já havia quitado as parcelas e que elas superavam o montante inicial do empréstimo. No entanto, o homem afirmou que o pagamento feito por ela era referente apenas aos juros. Ao todo, ele teria cobrado R$ 28 mil.

Em uma das mensagens divulgadas pela Polícia Civil, o suspeito faz ameaças à vítima. “Você assinou documentos com uma dívida de 28 mil, lembra disso? Estamos descontando o que você está pagando. Você não vai roubar o dinheiro dos outros aqui. Se você quer guerra, terá guerra. Dinheiro é sangue, nós iremos atrás”, diz trecho do inquérito policial.

A Polícia Civil continua investigando o grupo e busca mais informações para esclarecer os casos de extorsão e agiotagem em Cuiabá.

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