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Os movimentos LGBT+ podem se inspirar nos movimentos negros para promover uma maior acolhida e inclusão de todos.

Na última semana, a atriz Clara Moneke concedeu uma entrevista ao podcast Café da Manhã, da Folha, na qual discutiu a questão do acolhimento para pessoas negras quando são alvo de ataques racistas. Segundo a atriz, muitas vezes essas pessoas encontram apoio dentro de suas próprias famílias, como o colo de uma mãe preta, o acolhimento de uma avó preta ou o abraço de um irmão preto.

No entanto, Clara Moneke ressaltou que esse tipo de acolhimento nem sempre é garantido fora de casa. É nesse contexto que ela destacou a diferença de experiência para a população LGBT+. Enquanto uma pessoa negra pode contar com o apoio de parentes negros, uma pessoa LGBT+ dificilmente terá parentes LGBT+. Assim, a compreensão e o acolhimento para essa população geralmente vem de fora de casa, em um ambiente frequentemente hostil.

É importante ressaltar ainda que as discordâncias e debates dentro do movimento LGBT+ são históricos e saudáveis. No entanto, é fundamental que haja espaço para que os dissidentes também encontrem apoio e paz dentro da comunidade. Assim como em uma família, é preciso que haja espaço para discussões e desavenças, mas também para reconciliação e entendimento.

Diante disso, se as nossas famílias biológicas nem sempre estão dispostas a oferecer o apoio necessário, é essencial que encontremos esse colo e acolhimento entre os nossos, ou seja, dentro da comunidade LGBT+. É importante lembrar que o que nos une é muito maior do que aquilo que nos diferencia. Portanto, é necessário criar espaços de apoio e acolhimento para que todos possam encontrar paz e conforto.

Nesse sentido, é válido refletir sobre a importância dos laços de solidariedade e empatia dentro da comunidade LGBT+. É necessário que cada pessoa se sinta acolhida e apoiada, independentemente de suas diferenças e divergências. Seja através de grupos de apoio, eventos sociais ou campanhas de conscientização, é fundamental buscar maneiras de fortalecer o apoio mútuo e criar um ambiente de respeito e compreensão.

Em suma, a entrevista de Clara Moneke trouxe à tona a importância do acolhimento e do apoio para pessoas negras e LGBT+. Enquanto algumas pessoas podem encontrar esse suporte dentro de suas próprias famílias, outras dependem da solidariedade e empatia da comunidade. É necessário fortalecer os laços de solidariedade e criar espaços de apoio para que todos possam encontrar o conforto e a paz necessários.

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