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Justiça aceita recurso de réu acusado de assassinato de indigenista e jornalista na Terra Indígena Vale do Javari.

Na tarde desta terça-feira (17), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) tomou uma decisão que promete deixar muitas pessoas perplexas. O recurso de um dos acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, em 2022, foi aceito.

A deliberação do TRF1 vai de encontro à decisão da Justiça Federal em Tabatinga (AM), que havia determinado que o réu Oseney da Costa de Oliveira fosse julgado pelo Tribunal do Júri. Essa nova decisão abre espaço para a possível soltura de Oseney nos próximos dias, de acordo com informações do relator do caso, desembargador Marcos Augusto de Sousa.

A Quarta Turma do TRF analisou os recursos dos réus Amarildo da Costa de Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira contra a decisão de pronúncia, que os levou a responderem pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O desembargador Marcos Augusto decidiu que não há provas da participação de Oseney nos homicídios, alegando que o réu não foi colocado na cena do crime pelo Ministério Público.

Em contrapartida, Amarildo e Jefferson permanecem como réus, já que, segundo o desembargador, existem provas de materialidade de homicídio e ocultação de cadáver em relação a eles. Os advogados dos acusados defenderam a anulação da sentença de pronúncia, alegando cerceamento de defesa e falta de acesso a provas.

O caso em questão envolve as mortes de Bruno e Dom, ocorridas em junho de 2022 durante uma emboscada na região do Vale do Javari. Os corpos das vítimas foram encontrados enterrados em uma área de mata fechada, após terem desaparecido enquanto viajavam de barco pela região.

Dom Phillips, jornalista do renomado jornal britânico The Guardian, era conhecido por sua dedicação à cobertura jornalística ambiental, incluindo os conflitos territoriais e a situação dos povos indígenas. Já Bruno Pereira, que atuava em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, também foi vítima desse trágico acontecimento.

Com essa reviravolta no processo, muitas dúvidas e questionamentos surgem. A sociedade espera por justiça e respostas claras sobre o desfecho desse caso que chocou a todos. A partir de agora, o desenrolar dos acontecimentos promete ser ainda mais intenso e repleto de surpresas.

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