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Doações bilionárias impactam eleições nos EUA, mas não garantem vitória, alerta estudo de especialista em política pública.

Nas duas últimas eleições presidenciais, Donald Trump surpreendeu ao arrecadar menos do que seus rivais. No entanto, isso não foi um impeditivo para que ele saísse vitorioso contra Hillary Clinton em 2016. Segundo Dan Mallinson, professor associado de políticas públicas e administração da Universidade Estadual da Pensilvânia em Harrisburg, isso mostra que o dinheiro desempenha um papel importante, mas não é o único fator determinante nas eleições.

Mesmo com essa ressalva, as doações ainda são cruciais, uma vez que as campanhas presidenciais se tornaram um verdadeiro negócio bilionário. Candidatos, partidos e comitês de ação política necessitam arrecadar quantias significativas para conseguir realizar campanhas de alcance nacional.

Além disso, não são apenas os candidatos presidenciais que dependem de verbas eleitorais. Das 100 cadeiras do Senado dos EUA, 34 estão em disputa nestas eleições. Já na Câmara dos Representantes, são 435 vagas em jogo. De acordo com cálculos da OpenSecrets, os candidatos ao Senado arrecadaram um total de 1,38 bilhão de dólares, enquanto os da Câmara dispõem de 1,78 bilhão para suas campanhas.

No entanto, o problema das grandes contribuições ainda persiste. Para muitos eleitores, os altos valores envolvidos nas eleições americanas podem resultar em corrupção e minar a confiança na democracia. Bilionários como Melinda Gates e George Soros foram responsáveis por doações milionárias para grupos que apoiam Joe Biden, enquanto outro grupo de bilionários, Elon Musk, Timothy Mellon, Miriam Adelson e Richard Uihlein, reuniram 395 milhões de dólares para os super PACs pró-Trump, conforme apontou o jornal Financial Times.

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