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Pesquisa revela excesso de policiamento baseado em perfil racial na Alemanha: discriminação e falta de apoio às vítimas são evidenciados.

Uma pesquisa recente conduzida por dois professores da Academia de Polícia da Baixa Saxônia trouxe à tona questões sérias sobre o tratamento dado pela polícia a determinados grupos na Alemanha. O estudo revelou que os policiais muitas vezes presumem hostilidade ou desrespeito por parte de jovens de ascendência árabe ou turca, bem como de indivíduos politicamente de esquerda, resultando em um tratamento mais severo.

Essas suposições estão na raiz de um problema grave de excesso de policiamento, onde uma força maior é empregada em situações envolvendo esses grupos, independentemente do real nível de ameaça. Isso acaba por reforçar percepções negativas e estereótipos, alimentando um ciclo prejudicial para a segurança pública.

Ao ser questionada sobre o impacto de um ataque ligado ao Estado Islâmico na cidade de Solingen, a pesquisadora Jacobsen destacou que a discriminação é um fator crucial na radicalização na Alemanha, conforme apontado pela criminologia.

A pesquisa também revelou que as barreiras linguísticas exacerbam a discriminação, já que a polícia tende a encerrar prematuramente entrevistas com pessoas que não falam alemão, devido a limitações de tempo e falta de serviços de tradução adequados.

Há um longo histórico de acusações contra a polícia por não agir de forma eficaz para identificar nacionalistas potencialmente violentos entre seus próprios quadros, levantando uma questão sensível em um país ainda marcado pelas atrocidades nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

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