Surto de Poliomielite em Gaza coloca em alerta a região, com risco de propagação do vírus entre crianças palestinas e israelenses.

Segundo o comissário-geral, é fundamental que haja uma pausa humanitária na região para permitir que as campanhas de vacinação sejam realizadas de forma eficaz. Lazzarini destacou a importância de garantir que as doses das vacinas cheguem à boca de todas as crianças menores de 10 anos, para prevenir a propagação da poliomielite na região.
A Unrwa anunciou que disponibilizará seus centros de cuidados primários de saúde e clínicas móveis para auxiliar a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nas campanhas de vacinação contra a poliomielite a partir do final deste mês. Essas ações visam interromper a transmissão do vírus e proteger a saúde das crianças na Faixa de Gaza.
A OMS confirmou o primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza em 25 anos. A criança afetada não havia recebido as doses necessárias da vacina contra a doença, conhecida como paralisia infantil. Diante desse cenário, a OMS e seus parceiros estão trabalhando para realizar duas rodadas de vacinação contra a pólio nas próximas semanas, visando alcançar mais de 640 mil crianças menores de 10 anos.
A cobertura vacinal é essencial para interromper a propagação da poliomielite e reduzir o risco de ressurgimento da doença, considerando os desafios enfrentados pelos sistemas de saúde, água e saneamento na região. A comunidade humanitária destaca a importância de um cessar-fogo para garantir a segurança da saúde pública na Faixa de Gaza e em países vizinhos.
O risco de disseminação do vírus aumentou devido às interrupções na vacinação de rotina causadas pela escalada dos conflitos na região. A situação precária dos sistemas de saúde e de sanitização eleva o risco de propagação de outras doenças preveníveis por vacinação, tornando essencial o apoio humanitário e a cooperação entre organizações internacionais para proteger a população vulnerável da região.