
Neste domingo (7), o segundo turno das eleições legislativas na França resultou em uma vitória para a coalizão Nouveau Front Populaire (Nova Frente Popular, NFP). Os resultados iniciais da apuração revelaram um cenário onde a extrema-direita, representada pelo partido Rassemblement National (Reunião Nacional), liderado por Marine Le Pen, ficou em terceiro lugar. A segunda posição foi ocupada pela coalizão Ensemble Pour la République (Juntos Pela República), do presidente Emmanuel Macron.
As eleições parlamentares foram antecipadas por Macron após o pleito para o Parlamento Europeu, para conter o crescente fortalecimento do partido de Le Pen. O país adota um sistema majoritário, com distritos eleitorais elegendo deputados. O primeiro turno acendeu um alerta, com metade dos legisladores eleitos sendo do partido de extrema-direita. No segundo turno, a NFP e a Juntos fizeram uma aliança estratégica para derrotar Le Pen.
Os primeiros resultados indicam que a frente ampla contrária à extrema-direita obteve entre 172 e 192 assentos, enquanto a coalizão Juntos conquistou de 150 a 170 e o Reunião Nacional, entre 132 e 152. Assim, a esquerda lidera o maior bloco da Assembleia Nacional, mas sem maioria absoluta, o que poderá exigir um acordo com Macron para formar o governo.
Com a vitória da coalizão NFP, a França se une à Alemanha com parlamentos formados por social-democratas, enquanto a Itália continua sob o controle do partido de extrema-direita Fratelli d’Italia. O Reino Unido também viu uma mudança com o Labour Party conquistando maioria no parlamento após anos de governo do Conservative Party.
O líder da NFP, Jean-Luc Mélenchon, pleiteia a formação de um novo governo com um primeiro-ministro da coalizão, o que representaria a derrota de Le Pen, mas também o enfraquecimento de Macron. O desenrolar das negociações depende da conclusão da apuração das urnas para definir os próximos passos.