Indústria é o setor que menos cria empregos formais em 2023, apesar de pagar os maiores salários aos trabalhadores brasileiros.

No entanto, o cenário positivo foi observado nos demais setores econômicos, que juntos criaram 1.511.203 novos postos de trabalho. O destaque ficou para a construção civil, que expandiu em 6,8% o número de vínculos formais, seguida pelo setor de serviços com um crescimento de 4,8%. O comércio e a agropecuária também registraram aumentos, com 2,1% e 1,9%, respectivamente.
A subsecretária nacional de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, ressaltou que a indústria ainda mantém o maior salário médio, com R$ 4.181,51, seguido por serviços, construção civil, comércio e agropecuária. Além disso, os salários dos trabalhadores formais na iniciativa privada tiveram um aumento de 3,6%, considerando a inflação do período.
No que diz respeito à distribuição geográfica dos empregos formais, a Região Sudeste continua liderando com 51,2% dos vínculos celetistas, seguida pelo Sul e Nordeste. Entretanto, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram os maiores crescimentos percentuais. Destaca-se também o crescimento relativo do Piauí, Amapá, Tocantins e Roraima.
Outros dados relevantes da Rais mostram um aumento no número de aprendizes, trabalhadores temporários e avulsos, bem como a inclusão de venezuelanos, haitianos e paraguaios no mercado de trabalho formal brasileiro. Paula Montagner também ressaltou o crescimento na presença de pessoas com deficiência, que representam 1,28% do total de empregados formais.