
Na última semana, uma mãe passou por momentos difíceis ao receber a notícia de que sua filha recém-nascida havia testado positivo para HIV. O relato emocionante da mulher revela a angústia e a revolta de não poder amamentar seu bebê, devido à necessidade de começar imediatamente o coquetel para combater o vírus.
A mulher, que preferiu não se identificar, desabafou sobre o trauma de não poder amamentar: “Era meu sonho amamentar, mas fui proibida. Até hoje, ver outra mãe amamentando me entristece, pois não pude ter essa experiência com minha filha. Espero que os responsáveis sejam punidos e que casos como esse não se repitam”.
Diante do diagnóstico positivo na maternidade NeoMater, a mãe realizou novos exames em outro laboratório, que apontaram resultado negativo para HIV. Revoltada com a situação, ela registrou um boletim de ocorrência e planeja processar a maternidade e o laboratório responsável pelo erro.
O laudo emitido pelo laboratório PCS Lab Saleme, assinado por Walter Vieira, um dos sócios da instituição, está sob investigação. Vieira foi preso em uma operação policial relacionada a um caso de falso resultado negativo para HIV em doadores de órgãos, que resultou na infecção de pacientes transplantados no Rio de Janeiro.
Questionadas sobre os acontecimentos, tanto a NeoMater quanto a PCS Lab Saleme se manifestaram através de notas à imprensa. A maternidade alegou sigilo médico e se recusou a comentar casos específicos, enquanto o laboratório afirmou que cabe aos hospitais informar corretamente os resultados de exames de seus pacientes.
Contextualização do caso
A revelação de casos de pacientes transplantados infectados pelo HIV gerou polêmica e preocupação. As denúncias foram feitas inicialmente pela rádio BandNews FM e confirmadas pelo UOL junto à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.