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Estudo revela complexidade de mudanças de comportamento para combate às arboviroses, aponta pesquisa do Unicef com apoio da Takeda

Um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com a biofarmacêutica Takeda revelou que as estratégias de comunicação focadas apenas na mensagem de evitar água parada não são suficientes para promover mudanças significativas no combate às arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A pesquisa aponta que diversos fatores psicológicos, sociológicos e estruturais influenciam na adoção de práticas de prevenção ao Aedes aegypti.

Segundo Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil, a simples informação sobre o que é bom para a saúde nem sempre resulta em mudanças de comportamento. Fatores como histórico de infecção, percepção de risco, esforço, custos financeiros, organização coletiva e influência comunitária interferem na adesão às práticas preventivas. Por exemplo, a falta de tempo, a complexidade das medidas preventivas e a dificuldade de acesso a recursos financeiros podem desestimular a população a agir contra o mosquito transmissor das doenças.

O estudo aponta que a participação em organizações de bairro e a influência comunitária são fatores que favorecem a adoção de práticas preventivas. Além disso, a estrutura urbana, como a falta de coleta de lixo e terrenos baldios, pode estimular o descarte inadequado de resíduos, favorecendo a proliferação do Aedes aegypti.

Diante desses desafios, o Unicef recomenda associar o controle vetorial a comportamentos já valorizados pela população, aumentar a percepção de risco, reduzir os custos e esforços associados às práticas de prevenção e investir em melhorias na infraestrutura e limpeza urbana. A intenção é engajar a comunidade e promover ações comunitárias para fortalecer as medidas de combate aos mosquitos transmissores das arboviroses.

O estudo ressalta a importância de políticas públicas e ações de comunicação eficazes para mudar comportamentos e garantir um ambiente saudável para crianças e adultos. A esperança é que os resultados da pesquisa possam contribuir para a implementação de medidas mais eficazes no combate ao Aedes aegypti e na prevenção das arboviroses em todo o país.

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