Recentemente, uma reportagem revelou que cerca de 1 milhão de brasileiros trabalham na coleta e triagem de resíduos recicláveis. Esses trabalhadores, em sua maioria mulheres, encontram nessa atividade informal uma forma de subsistência em meio à extrema vulnerabilidade.
Em entrevista, Telines Basilio do Nascimento Junior, mais conhecido como Carioca, presidente de uma das maiores cooperativas de catadores do país, a Coopercaps, destacou que a fome e a miséria levam as pessoas a perceberem o valor do lixo. Já Aline Sousa, diretora da Centcoop, ressaltou que os catadores são responsáveis por quase 90% dos resíduos sólidos urbanos que chegam às indústrias recicladoras.
Além disso, recentemente houve destaque para a pauta socioambiental dos catadores, com a cerimônia de posse do presidente Lula, que recebeu a faixa de Aline. O governo anunciou mais de R$ 400 milhões em programas de incentivo à reciclagem e estruturação de cooperativas.
Apesar dos avanços, a estruturação do setor ainda é uma promessa, com apenas uma em cada quatro cooperativas atuando no mercado de créditos de logística reversa. A Lei de Incentivo à Reciclagem, de autoria do deputado Carlos Gomes, ex-catador de lixões, promete injetar recursos no setor.
Na prática, a vida dos catadores é marcada por desafios e superações. Carioca, com 35 anos de experiência na catação, enfatiza que a reciclagem vai além do lixo, é sobre reciclar vidas. Já Aline, que começou a trabalhar na coleta aos 14 anos, ressalta o resgate da própria vida por meio da reciclagem.
Laura, recicladora e influencer, conta sua trajetória desde a construção civil até a reciclagem, onde encontrou um propósito. Enquanto Anne, produtora de conteúdo, busca conscientizar sobre a importância da reciclagem.
Em resumo, o trabalho dos catadores é fundamental para o meio ambiente, o orçamento público e o bem-estar social. São histórias de luta, resiliência e transformação que iluminam a importância desse trabalho muitas vezes invisível, mas essencial para manter o equilíbrio ambiental e social.
