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Justiça Federal no Amazonas aceita denúncia do MPF e abre ação penal contra sete homens por ocultação de corpos de indigenista e jornalista.



Justiça Federal aceita denúncia do MPF contra sete homens

Justiça Federal no Amazonas aceita denúncia e abre ação penal contra sete homens

A Justiça Federal no Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e abriu uma ação penal contra sete homens que teriam ajudado a destruir e ocultar os corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

A decisão torna réus Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, apontados como assassinos, e outros cinco suspeitos. Eles vão responder por ocultação de cadáver e por terem convencido um menor de idade a ajudar a esconder os corpos.

A denúncia foi oferecida em abril, após os interrogatórios dos réus e de testemunhas. O juiz Lincoln Rossi da Silva Viguini, da Vara Federal de Tabatinga, no Amazonas, considerou que há elementos suficientes para a abertura do processo criminal.

“Reputo demonstrada a plausibilidade das alegações contidas na denúncia em face da circunstanciada exposição dos fatos e descrições das condutas de cada denunciado”, escreveu o magistrado em despacho no último dia 10.

Crimes imputados aos réus:

  • Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado” – corrupção de menores;
  • Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha” – corrupção de menores;
  • Francisco Conceição de Freitas, o “Seu Chico” – ocultação de cadáver;
  • Eliclei Costa de Oliveira, o “Sirinha” – ocultação de cadáver e corrupção de menores;
  • Amarílio de Freitas Oliveira, o “Dedei” – ocultação de cadáver e corrupção de menores;
  • Otávio da Costa de Oliveira, o “Guerão” – ocultação de cadáver e corrupção de menores;
  • Edivaldo da Costa de Oliveira – ocultação de cadáver e corrupção de menores.

Detalhes do crime:

Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho de 2022, durante uma viagem na Amazônia. Os restos mortais só foram encontrados dez dias depois. A perícia concluiu que eles foram mortos a tiros, esquartejados, queimados e enterrados na região do Vale do Javari.

Três pescadores foram presos na fase inicial da investigação, incluindo Amarildo da Costa Oliveira, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados.

Além dos três acusados, a Polícia Federal apontou Rubem Dario da Silva Villar como o mandante dos assassinatos. Ele está preso e é investigado por pesca ilegal, contrabando e tráfico de drogas.

Autoridades também foram investigadas por omissão na fiscalização e segurança dos indígenas no Vale do Javari. O ex-presidente da Funai, Marcelo Xavier, também foi indiciado

Manifestação dos citados

A reportagem entrou em contato com a defesa de Amarildo da Costa e Jefferson da Silva, que ainda não se manifestou, e busca contato com os advogados dos demais réus. O espaço está aberto para manifestações.

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