PT Decide Ajudar Guilherme Boulos na Campanha à Prefeitura de São Paulo
Em um movimento inesperado, o Partido dos Trabalhadores (PT) definiu uma ajuda financeira de R$ 30 milhões à candidatura do líder do PSOL, Guilherme Boulos, à Prefeitura de São Paulo neste ano. Essa decisão veio após duas intervenções do ex-presidente Lula, que liderou as negociações dentro do partido, conforme relatado por fontes próximas.
Embora não haja uma determinação formal do PT fixando esse valor, o socorro financeiro faz parte de um acordo intermediado por Lula, que garantiu o apoio financeiro à campanha de Boulos. A divisão dos recursos gerou debate interno no partido, com a questão de utilizar apenas a fatia já reservada ao diretório de São Paulo ou retirar do montante total antes da distribuição para os estados.
De acordo com o acordo firmado, os recursos virão de duas fontes. O PT estadual destinará R$ 15 milhões diretamente para a conta da vice de Boulos, a petista Marta Suplicy, em duas parcelas de R$ 7,5 milhões, uma em agosto e outra em setembro. O restante dos R$ 15 milhões sairá de uma reserva nacional do partido.
Além disso, está previsto o desembolso de outros R$ 15 milhões para as candidaturas de vereadores do PT na capital paulista.
Antes dessa negociação, houve sugestões internas de uma contribuição menor para a campanha de Boulos, no valor de R$ 15 milhões. No entanto, na noite de 29 de julho, Lula reiterou a sua determinação de apoiar financeiramente a candidatura em uma conversa com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a tesoureira, Gleide Andrade.
O valor acordado agora se aproxima do pedido inicial dos aliados de Boulos, que era de cerca de R$ 40 milhões. A firme defesa de Lula em apoiar a campanha de Boulos se deve ao histórico de solidariedade do candidato do PSOL com o ex-presidente, inclusive em momentos difíceis, destacando um apoio maior do que de alguns membros do PT.
Em 2020, Boulos teve uma campanha com recursos modestos para os padrões paulistanos, levantando um total de R$ 7,5 milhões. Essa ajuda financeira do PT demonstra um novo capítulo na relação entre o partido e o PSOL, que antes era marcada por divergências e resistências financeiras.
