Prefeita de Saquarema afastada por 90 dias e bens bloqueados por improbidade administrativa: Justiça determina medida drástica.

O afastamento de Manoela Alves se deu em decorrência de acusações de improbidade administrativa, apresentadas pelo Município de Saquarema, representado pelo vice-prefeito Rômulo Carvalho de Almeida. A ação aponta graves lesões ao erário municipal, evidenciando direcionamento e ilicitude em contratos, muitos dos quais são fiscalizados por pessoas ligadas às próprias empresas prestadoras de serviço.
Um dos casos mencionados é o do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Inovação (IDPI), que gerenciava cerca de R$ 326 milhões e foi o único a apresentar proposta em uma licitação, sendo que possui parentes da prefeita em posições de destaque na organização. A investigação revelou a existência de mecanismos de favorecimento econômico a uma “organização” familiar ligada à prefeita, além de relatos de assédio moral contra servidores que se opõem ao grupo político da gestora.
Diante dos indícios de participação da prefeita nos atos de improbidade administrativa, o desembargador determinou seu afastamento imediato, destacando a importância de preservar a integridade dos contratos e da administração pública. Durante o período de afastamento, o vice-prefeito Rômulo Gomes assumirá as funções de prefeito interinamente.
A decisão da Justiça do Rio de Janeiro destaca a gravidade dos fatos apontados e reforça a necessidade de investigação minuciosa para coibir práticas irregulares e garantir a transparência na gestão pública. A população de Saquarema aguarda por respostas e medidas efetivas que restabeleçam a confiança nas instituições e no poder executivo municipal.