
O cenário político na Argentina está em destaque nos principais jornais internacionais, que têm abordado as prévias eleitorais no país. Enquanto alguns veículos, como o New York Times e o Wall Street Journal, inicialmente rotularam o candidato favorito como “extrema direita”, outros, como o Washington Post e a Bloomberg, preferiram utilizar apenas o termo “direita”. Além disso, a revista Economist destacou a cabeleira do político, intitulando-o como “o rugido do leão” e “um radical do livre mercado”.
Em relação ao favorito Javier Milei, o estrategista-chefe do banco BTG Pactual em Buenos Aires afirmou à Bloomberg que os investidores apoiam a sua mensagem econômica, apesar de temerem seu estilo agressivo e o risco institucional que ele representa.
De forma geral, todos os veículos enfatizaram a promessa de Milei de adotar o dólar americano como moeda oficial da Argentina. No entanto, divergências foram encontradas em relação a outras propostas do candidato, como a eliminação da educação pública, a criação de um mercado de venda de órgãos, a ampliação da posse de armas e a proibição do aborto. Enquanto alguns veículos destacaram essas promessas e sua relação com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, outros preferiram focar nas propostas econômicas de Milei, como o corte de gastos públicos, a abertura de mercados e a privatização de estatais.
Noenazismo se espalha
O jornal Financial Times trouxe uma reportagem sobre a expansão de grupos neonazistas no sul do Brasil. O artigo menciona operações policiais realizadas em julho nas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, com o objetivo de combater esses grupos. O texto destaca o vídeo de manifestantes que, após a eleição presidencial, estenderam o braço direito em saudação nazista em frente a um quartel do Exército.
O jornal menciona ainda o caso do brasileiro que tentou assassinar a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, no ano passado, e que tinha uma tatuagem nazista. A vereadora Ana Lúcia Martins, de Joinville, afirma que o extremismo sempre existiu, mas tem se manifestado de forma mais intensa nos últimos anos.
O cenário político na Argentina e a expansão do neonazismo no sul do Brasil têm despertado a atenção internacional, sendo temas recorrentes nos jornais internacionais.