Na noite de ontem, durante um evento em Buenos Aires, Argentina, gritos de “Lula Ladrão” ecoaram na plateia. Um dos manifestantes, o brasileiro Symon Castro, também conhecido como Symon Patriota, pediu refúgio político no país após a acusação de envolvimento na tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro. Castro, no entanto, alega inocência diante das acusações.
Durante o evento, Castro afirmou que o candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, não irá intervir nos pedidos de refúgio, mas acredita que aqueles que não cometeram crimes comuns terão sucesso em suas solicitações. Cerca de 20 militantes bolsonaristas que também buscam refúgio político acompanharam a fala de Milei, demonstrando solidariedade ao movimento.
A advogada Taniéli Telles de Camargo, que representa os militantes bolsonaristas, destacou a importância do apoio recebido na Argentina e agradeceu a receptividade. Segundo dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, ao menos 119 brasileiros solicitaram refúgio político no país em 2024, muitos deles envolvidos nos ataques aos Três Poderes de Brasília em janeiro.
A deputada argentina Maria Cecília Ibáñez, do partido de Milei, Liberdade Avança, se mostrou favorável à acolhida dos brasileiros no país, garantindo que poderão viver livremente dentro da legalidade argentina. A situação dos refugiados políticos segue sendo acompanhada de perto pelas autoridades locais e pela opinião pública.
