Procurador-geral pede inclusão de investigados em atos golpistas na lista de procurados da Interpol e emissão de mandado de prisão

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, tomou uma medida drástica em relação aos investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo informações divulgadas pelo Portal Uol, nove condenados pelos atos de depredação da sede dos Três Poderes em Brasília romperam suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram para a Argentina e o Uruguai. Diante desse cenário, Gonet solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a inclusão desses investigados na lista de procurados da Interpol, além da emissão de mandados de prisão preventiva contra eles.

O ofício enviado ao STF na última quarta-feira (15) mostra a urgência da situação. O procurador-geral pediu a Moraes a emissão de mandado de prisão contra cinco investigados, enquanto nos demais casos solicitou que as varas judiciais responsáveis pelo monitoramento eletrônico confirmem a falta de contato com os procurados. A fuga dos condenados causa preocupação, visto que eles estão recorrendo em liberdade das penas superiores a dez anos de prisão a que foram condenados.

Até o momento, o Supremo já condenou 216 envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Eles respondem por diversos crimes, como associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. A gravidade das ações desses condenados e a fuga para o exterior demonstram a necessidade de medidas enérgicas para garantir a aplicação da justiça e a ordem pública.

Diante desse contexto, a pressão sobre as autoridades para capturar e punir os fugitivos aumenta. A inclusão na lista da Interpol e a emissão dos mandados de prisão são passos fundamentais para dar um desfecho apropriado a essa situação de desafio à democracia e ao Estado de Direito. Espera-se que as diligências necessárias sejam tomadas com celeridade para garantir que os responsáveis pelos atos golpistas sejam levados à Justiça e cumpram as penas a que foram condenados.