
Aprovação do programa Mover na Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de quarta-feira (29), o projeto de lei que cria o programa automotivo Mover (Mobilidade Verde e Inovação), com uma emenda que exige conteúdo local na exploração de petróleo. O texto, que teve apoio formal da liderança do governo e do PT na casa, conta com medidas que vêm gerando discussões e críticas
De acordo com representantes do setor e algumas alas do governo, o trecho que determina a exigência de conteúdo local na produção de petróleo pode afastar investimentos e gerar atrasos e aumento de custos. Por outro lado, defensores da emenda argumentam que ela fortalece a indústria nacional e garante a manutenção de empregos. A decisão agora está nas mãos do Senado, que deve analisar o projeto de lei e decidir se manterá esse ponto polêmico.
Além disso, o projeto também aborda temas como a taxação de compras em sites estrangeiros e isenção para bicicletas elétricas. Outros jabutis presentes no texto também estão sendo alvo de discussão e podem ser retirados durante a tramitação no Senado.
O governo, que inicialmente apoiou a proposta na Câmara, agora enfrenta resistência de integrantes da Esplanada, que acreditam que o texto carece de base técnica e defendem sua retirada. No entanto, a pressa na aprovação do projeto se justifica pelo prazo de validade da medida provisória que criou o programa Mover, que está prestes a expirar.
Ao relator da emenda na Câmara, deputado Áureo Ribeiro, a aprovação da medida é fundamental para garantir a sobrevivência da indústria nacional. Ele acredita que a proposta encontrará apoio no Senado, principalmente entre membros da base do presidente.
Diante das reações do setor e dos embates políticos, a votação do projeto de lei no Senado, prevista para a próxima terça-feira (4), promete ser intensa e decisiva para o futuro do programa Mover e da indústria brasileira como um todo.