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Ministério Público Eleitoral defende cassação de Carla Zambelli por desinformação sobre processo eleitoral em ação movida por Sâmia Bomfim.

O Ministério Público Eleitoral pede cassação da deputada Carla Zambelli por desinformação

O Ministério Público Eleitoral apresentou um parecer defendendo a procedência da ação que pede a cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) devido a postagens com desinformação relacionadas ao processo eleitoral. O procurador regional eleitoral Paulo Taubemblatt assinou o parecer, que foi entregue em uma ação de investigação judicial eleitoral movida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) após as eleições de 2022. Além da cassação, também está em jogo a possível punição de inelegibilidade por oito anos.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo ainda não definiu uma data para o julgamento do caso.

Segundo o procurador, as postagens de Zambelli tinham como objetivo desmerecer o sistema de justiça, abalando os pilares da democracia e ampliando o descontentamento de parte dos eleitores.

As postagens em questão eram críticas ao sistema eletrônico de votação, à integridade do processo eleitoral, às instituições democráticas e a ministros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal, de acordo com o procurador.

O procurador destaca que os ataques às urnas visavam minar a credibilidade das instituições responsáveis pela condução e organização das eleições.

Apesar da defesa de Zambelli argumentar que suas postagens estavam amparadas na liberdade de expressão e que não cometeu atos ilícitos, o parecer do Ministério Público Eleitoral sustenta que as publicações da deputada contribuíram para a animosidade pós-eleitoral e questiona a veracidade do conteúdo compartilhado.

A outra ação contra Zambelli, em que ela é acusada de incitar generais a não aceitarem o resultado da eleição em um vídeo, também teve movimentações no TRE-SP, mas o voto do relator foi pela rejeição do processo, aguardando o julgamento final.

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