Alertas de desmatamento na Amazônia Legal têm queda significativa em agosto, atingindo menor índice desde 2018, informa governo federal.

Os números revelam que em agosto deste ano, foram registrados 563,09 km² sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal, enquanto no mês passado, esse valor foi de 503,65 km². Em contrapartida, em agosto de 2022, os alertas de desmatamento atingiram 1.661,02 km² na região. Nove estados compõem a Amazônia Legal, incluindo Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Os dados são provenientes do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter-B), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que foi desenvolvido com o intuito de informar de forma rápida aos órgãos de fiscalização sobre alterações na cobertura florestal. Já a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal é monitorada pelo Programa de Cálculo do Desmatamento da Amazônia (Prodes), que utiliza imagens do satélite Landsat para detectar desmatamentos acima de 6,25 hectares.
Os sistemas de monitoramento Deter e Prodes são essenciais para acompanhamento e controle dos biomas brasileiros, tendo como referência o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Os dados mais recentes indicam uma redução de 45,7% nos alertas de desmatamento na Amazônia entre agosto de 2023 e julho de 2024, demonstrando um progresso na preservação da região.
Apesar das melhorias observadas nas políticas ambientais e nas taxas de desmatamento, a degradação ambiental ainda se destaca como um desafio, afetando uma área até três vezes maior que o desmatamento. Os impactos causados pela ação humana podem passar despercebidos pelos sistemas de monitoramento tradicionais, evidenciando a importância de estratégias mais abrangentes para a proteção da biodiversidade na Amazônia Legal.