A Feira do Livro realizada no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, encerrou suas atividades neste domingo após nove dias de intensa programação. O evento trouxe consigo não apenas livros e leitores ávidos, mas também um cenário de obras e reformas que faziam parte do processo de concessão do estádio à empresa privada Allegra.
Apesar dos ruídos de martelos e furadeiras, a Feira do Livro conseguiu atrair um público expressivo de 55 mil visitantes, um aumento significativo em relação aos 35 mil do ano anterior. A Associação Quatro Cinco Um, em parceria com a Maré Produções, buscou consolidar o evento como uma tradição na cidade, mantendo-o no mesmo local e período anualmente.
O evento se destacou por preencher uma lacuna importante no cenário literário, proporcionando um espaço tanto para a promoção das editoras quanto para o comércio de livros. Diferentemente de outros eventos literários renomados, como a Flip, a Feira do Livro de São Paulo buscou viabilizar a presença de editoras sem os altos custos de participação.
No entanto, a ampliação da Feira para nove dias gerou desafios logísticos para as mais de cem iniciativas editoriais presentes, principalmente em relação à frequência de público durante a semana. A falta de estratégias para atrair diferentes públicos, como excursões escolares e programação especial para jovens, foi apontada como uma oportunidade de melhoria para as próximas edições.
Durante o evento, palestrantes renomados como Nando Reis, Martinho da Vila e Jamaica Kincaid participaram de conversas enriquecedoras, porém alguns aspectos como a tradução simultânea e a distribuição desigual da programação ao longo da semana foram pontos de crítica por parte do público presente.
A Feira do Livro de São Paulo se consolidou como um importante evento literário na cidade, porém ainda enfrenta desafios para aprimorar sua estrutura e atrair um público diversificado. Com o objetivo de se tornar uma tradição anual, o evento continuará sua jornada em busca de inovações e melhorias para os amantes da literatura.
