
No mais recente escândalo envolvendo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), três policiais foram indiciados pela Polícia Federal (PF) pela morte de Genivaldo, um cidadão comum que teve sua vida tirada de forma brutal e injustificada. Essa tragédia, porém, não ocorreu por acaso. Ela é fruto de um processo de bolsonarização da PRF, conduzido pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, em parceria com Anderson Torres, então ministro da Justiça, e Silvinei Vasques, então delegado-geral da PRF.
Desde sua entrada no poder, Bolsonaro deixou claro seu desejo de utilizar a PRF como sua guarda pretoriana. Ele buscava transformar a instituição em um braço do seu governo, usando-a para perseguir opositores políticos e para reprimir manifestações populares. Essa perigosa politização da PRF era incentivada por Anderson Torres e Silvinei Vasques, que agiam como seus cúmplices nesse projeto autoritário.
Com a bolsonarização da PRF, vimos uma série de ações arbitrárias e abusos de poder por parte dos policiais, que muitas vezes agiam sem o devido respeito à lei e aos direitos dos cidadãos. Casos de violência policial e de uso excessivo da força se tornaram frequentes, gerando um clima de medo e insegurança para a população.
No caso específico de Genivaldo, as investigações da Polícia Federal apontam que os três policiais indiciados agiram de forma truculenta e desproporcional no momento da abordagem, resultando na morte do cidadão. Essa tragédia não pode ser dissociada do processo de bolsonarização da PRF, que criou um ambiente propício para abusos e excessos por parte dos agentes.
É importante ressaltar que a investigação e o indiciamento dos policiais envolvidos são um passo importante para a busca por justiça e para a responsabilização dos responsáveis por esse crime. No entanto, não podemos deixar de questionar o papel desempenhado por Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei Vasques nessa tragédia. Eles têm sua parcela de responsabilidade por terem promovido a bolsonarização da PRF e incentivado práticas autoritárias e abusivas por parte dos policiais.
Espera-se que esse caso sirva como um alerta para a necessidade de se fortalecer instituições como a PF e de se combater qualquer tentativa de politização das forças de segurança. A PRF precisa ser uma instituição que atue no interesse da sociedade, protegendo os direitos e garantias dos cidadãos, e não uma ferramenta a serviço de um projeto autoritário. A justiça precisa ser feita, não apenas para Genivaldo, mas também como um sinal de que abusos e excessos por parte das forças de segurança não serão tolerados.